Símbolo de fertilidade e de paz, a oliveira está muito presente na mitologia Grega. Na medicina tradicional é frequentemente utilizada por acreditar-se que possui na sua composição elementos que podem contribuir para o nosso bem-estar.
A Oliveira (Olea europaea L.) é uma árvore nativa da região do mediterrâneo e cultivada em algumas regiões do mundo. É do seu fruto, a azeitona, que se extrai um dos seus principais produtos, o azeite. De uma riqueza única, contempla muitas receitas principalmente na cozinha mediterrânea, contudo, as suas folhas escondem componentes que têm despertado o interesse da comunidade científica.
Aos compostos fenólicos presentes nas folhas de oliveira são atribuídos múltiplos benefícios. Os estudos científicos que têm sido efetuados mostram que muitos deles contribuem para uma ação antioxidante, hipotensora, hipoglicemiante e hipocolesterolemiante, cardioprotetora e anti-inflamatória.
Entre os vários elementos naturalmente encontrados nas folhas da oliveira, encontra-se a Oleuropeína, um composto fenólico que segundo vários estudos científicos parece contribuir às folhas de oliveira características muito interessantes.
A Oleuropeína é, na verdade, o principal composto fenólico encontrado nas folhas de oliveira e aquele que mais tem despertado o interesse da comunidade científica. As razões são várias, mas comecemos pelo seu contributo na regulação das espécies reativas de oxigénio.
As espécies reativas de oxigénio e nitrogénio são moléculas produzidas, de forma constante, no nosso organismo. Essenciais para muitos mecanismos celulares que incluem produção de energia, sinalização química e função imunológica, as espécies reativas de oxigénio têm a sua produção controlada por enzimas como a SOD (Superóxido dismutase), glutationa peroxidase e pela catalase.
Acontece que, um excesso de produção destas espécies reativas pode levar ao desenvolvimento de danos oxidativos a nível celular e consequentemente, a um aumento do risco de doenças cardiovasculares e cancro, assim dizem os estudos.
A Oleuropeína, através da sua ação antioxidante, parece contribuir para prevenir e até mesmo minimizar os danos oxidativos causados pelas espécies reativas de oxigénio e consequentemente, reduzir o risco de desenvolvimento de doenças crónicas e não só.
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