As plantas da família Rosacea são ricas em moléculas naturais com propriedades biológicas benéficas e amplamente utilizadas nas indústrias alimentar, perfumaria e cosmética.
Pertencente a esta família, a Rosa centifolia é uma rosa híbrida perene utilizada desde a antiguidade pela medicina tradicional e na fitoterapia chinesa como coadjuvante no tratamento, no alívio e prevenção de diversas condições no ser humano.
Os seus efeitos benéficos para a saúde devem-se principalmente à presença de componentes fitoquímicos dos quais se destacam a vitamina C, os glicosídeos, os polifenóis, as saponinas, a rutina, a quercetina, o kaempferol, os ácidos gálhico e carboxílico e, outros componentes secundários como os flavonóides (flavonas, flavonóis e antocianinas), os componentes perfumados (óleos essenciais monoterpenos e sesquiterpenos), e os taninos hidrolisáveis e condensados.
Estudos levam-nos a crer que a Roseira Brava apresenta propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, anti-fúngicas, anti-bacterianas, anti-mutagénicas e anti-artríticas.
Ao nível do trato respiratório tem demonstrado alguma ação anti-tússica, mucolítica, expectorante e descongestionante.
Há quem a utilize como coadjuvante no tratamento de alterações metabólicas e no controlo do metabolismo lipídico.
A quercetina, naturalmente presente na Roseira Brava, parece contribuir para a inibição da produção de mediadores inflamatórios derivados dos macrófagos – as citoquinas pró-inflamatórias – e, em conjunto com o kaempferol parecem inibir a síntese do óxido nítrico, da ciclooxigenase e da proteína-C-reativa.