Rhodiola rosea L. tem uma longa história de utilização na medicina tradicional. Além do seu uso tradicional bem estabelecido, é possível encontrar um número significativo de publicações que fazem referência à eficácia clínica de preparações à base de R. rosea.
Frequentemente encontrada nas falésias marítimas e em fendas de rochas montanhosas nas regiões árticas da Europa e da Ásia, bem como nas regiões costeiras orientais da América do Norte, a Rhodiola é uma planta medicinal valiosa na medicina tradicional e popular de vários países europeus e asiáticos.
Tradicionalmente utilizada com o objetivo de contribuir para o aumento da resistência física e da produtividade no trabalho, a Rhodiola é também frequentemente utilizada como coadjuvante em casos de depressão, anemia, impotência e distúrbios do sistema nervoso. A Rhodiola é atualmente classificada como “adaptogénica”.
O termo adaptogeno data de 1947 e foi creditado ao cientista russo Nikolai Lazarev, que o definiu como um agente que permite a um organismo neutralizar agentes stressantes físicos, químicos ou biológicos. Alguns cientistas consideram mesmo que a adaptação é a melhor forma de combater o stress e de ultrapassar situações stressantes. Entenda-se como adaptação, a capacidade do organismo para resistir a um agente stressante, respondendo com perturbações características diminuídas ou inexistentes na homeostase. Com base no seu uso a longo prazo na medicina tradicional, e em numerosos estudos científicos, em 2011, a monografia fitoterápica da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre Rhodiola rosea L. rhizoma et radix (EMA/HMPC/232091/2011) aprovou o seu uso tradicional como adaptogeno para o alívio temporário dos sintomas associados ao stress, como fadiga, exaustão e sensação geral de fraqueza. O relatório final da agência concluiu que o uso de longa data, bem como o resultado dos ensaios clínicos, apoiaram a plausibilidade do uso da preparação à base de plantas de R. rosea na indicação proposta. Atualmente, a investigação científica e os estudos clínicos, realizados predominantemente na Rússia, Escandinávia, Alemanha, Reino Unido, China, EUA e outros países, confirmaram em grande parte que a Rhodiola é um psicoestimulante eficaz, um fortalecedor geral e um agente antistress. Isto foi referenciado com sucesso em estudos que abordam depressão e ansiedade relacionadas com o stress, fadiga, doenças cardiovasculares, força e resistência física, impotência, doenças de altitude e distúrbios do sistema nervoso.