A menopausa é a altura da vida da mulher marcada pelo fim dos períodos menstruais, sendo que o diagnóstico definitivo ocorre apenas quando existe um espaço temporal de 12 meses sem menstruação. A experiência de passar e entrar na menopausa é única e cada mulher vive esta etapa da saúde feminina de forma diferente. Muitas não registam qualquer tipo de sintomatologia, enquanto outras têm diversos sintomas, alguns dos quais muito incómodos e limitativos da qualidade de vida.
Apesar de ser um processo biológico natural, os sintomas físicos e emocionais que surgem na menopausa podem originar distúrbios do sono, diminuição da energia e afetar negativamente a saúde emocional da mulher.
Muitas vezes, durante o período de tempo que decorre entre o início do declínio da função ovárica e a menopausa – denominado por pré-menopausa – ocorrem alguns sinais e sintomas. No entanto, com exceção da irregularidade dos ciclos menstruais, os sintomas da pré-menopausa e da menopausa são praticamente os mesmos.
Conheça alguns sintomas comuns da menopausa:
Irregularidade menstrual
Quando os níveis de estrogénio começam a diminuir é normal que comecem a registar-se alterações nos ciclos menstruais. Pode acontecer que os períodos sejam mais curtos que o habitual ou que o ciclo seja apenas de três semanas, ao invés das tradicionais quatro semanas. Pode acontecer exatamente o contrário e a menstruação ser mais intensa e prolongada ou até nem sequer aparecer todos os meses, dando lugar a falhas e irregularidades. Não existe um padrão estabelecido e cada caso é um caso. As irregularidades menstruais sejam elas em frequência, fluxo ou duração, podem ser muito perturbadoras e frustrantes. Lembre-se sempre que nesta fase (apesar da fertilidade da mulher estar já diminuída) até 25% dos ciclos podem ser ovulatórios, pelo que é importante a manutenção de uma contraceção adequada e a especial atenção a este aspeto se pretender evitar uma gravidez indesejada.
Afrontamentos
São episódios de vasodilatação cutânea da parte superior do tronco, pescoço e face, com duração e intensidade variável e afetam cerca de 75% das mulheres na menopausa. Começam por uma sensação súbita de calor (cerca de 2 a 4 minutos) a que, frequentemente, se seguem suores, palpitações, por vezes calafrios, tremores e sensação de ansiedade. Ocorrem muitas vezes durante a noite o que tem consequências na qualidade do sono. Os afrontamentos não estão ainda bem entendidos pois embora a evidência científica os relacione com as alterações hormonais decorrentes da menopausa, o facto é que diversos outros fatores podem estar na origem destes episódios de calor súbito e exacerbado. Diabetes, obesidade e síndroma metabólica podem aumentar a incidência de afrontamentos, que nalgumas mulheres são praticamente inexistentes e noutras são tão intensos e incómodos que afetam substancial e negativamente a qualidade de vida. Muitas vezes ocorrem durante a noite, gerando os tais suores noturnos significativamente prejudiciais para a qualidade do sono.
Dores nas articulações
Apesar de não existir uma associação clara entre o nível de estrogénios e risco de osteoartrite – processo inflamatório e degenerativo das articulações, que evolui progressivamente – são frequentes as queixas de dores articulares após a menopausa, sendo a prevalência e incidência desta patologia maior nas mulheres do que nos homens.
Secura vaginal
À medida que a mulher envelhece e face às alterações hormonais decorrentes da menopausa, as paredes da vagina ficam mais finas e com menos humidade natural, o que causa secura vaginal, umas das queixas mais comuns na menopausa. São também frequentes queixas relacionadas com ardor e irritação vaginal, bem como queixas relacionadas com o ato sexual como ausência de lubrificação, desconforto ou dor. A utilização de lubrificantes e hidratantes vaginais pode ser a solução para a diminuição do atrito pois estes produtos melhoram a hidratação e mantêm uma saudável humidade vaginal, facilitando a relação sexual.
Aumento de peso
As alterações hormonais decorrentes da entrada na menopausa associam-se a um aumento da circunferência abdominal e deposição de gordura central. Até nas mulheres com IMC (índice de massa corporal) normal a percentagem de massa gorda – troncular e visceral – aumenta na transição para a menopausa. O metabolismo torna-se mais lento e muitas mulheres ganham peso, sentindo que é necessário comer menos e exercitar-se mais para manter o peso atual.
Diminuição do desejo sexual
a diminuição da produção de estrogénios tem também efeitos negativos ao nível da função sexual, que interfere com a qualidade de vida da mulher não apenas a nível fisiológico, mas também a nível psicológico e emocional. Ainda que muitas mulheres se mantenham sexualmente ativas durante a menopausa, a verdade é que cerca de 60% refere um decréscimo na atividade sexual, diminuição do desejo e evitamento sexual. A diminuição do desejo sexual (ou diminuição da líbido) regista uma prevalência na ordem dos 40 a 50%. Após menopausa, podem também estabelecer-se perturbações do orgasmo e da excitação e mais tardiamente, com maior frequência, síndroma doloroso génito-pélvico – ou dor persistente e recorrente durante o ato sexual – que afeta 30 a 40% das mulheres na fase de transição para a menopausa e resulta, na maior parte dos casos, de atrofia vaginal ou de uma menor lubrificação vaginal.
Perturbações do sono
O sono é um estado fisiológico que se deteriora com a idade, ocorrendo uma progressiva diminuição tanto na qualidade quanto na quantidade. São frequentes as queixas de dificuldade em iniciar e manter o sono, com o acordar frequente durante a noite e o despertar cedo, ou por outro lado a sensação de que o sono não é reparador. A insónia afeta cerca de 46 a 48% das mulheres pós-menopáusicas. Muitas vezes, a qualidade do sono é perturbada pela ocorrência de alguns sintomas comuns da menopausa como sejam os afrontamentos e suores noturnos. Os sintomas urinários também podem originar distúrbios a nível do sono pelo aumento da frequência de idas à casa de banho durante a noite o que dificulta a existência de um sono reparador e provoca fadiga durante o dia.
Flacidez da pele
A produção de estrogénio está relacionada com a produção de colagénio, um componente essencial para a pele, e com a produção de óleos naturais cuja função é a hidratação cutânea. Ora, durante a menopausa a diminuição da produção de estrogénio causa alterações também ao nível da pele, fazendo com que esta fique mais fina e com menos elasticidade, o que acelera o envelhecimento cutâneo e o aparecimento de rugas. Estes sinais da idade que podem ser mais evidentes nas mulheres fumadoras ou com sobre-exposição solar.
Secura ocular
Um dos sintomas menos conhecidos da menopausa é a ocorrência do que se denomina por “olho seco”, o que ocorre quando não se produz lágrima suficiente ou quando estas são ineficazes na lubrificação do olho. Provoca sintomas desconfortáveis como visão turva, sensação de ardor ou irritação e comichão ou sensação de ter uma poeira dentro do olho.
Alterações do humor
Aumento de irritabilidade, ansiedade, fadiga, oscilações do humor. Estas são apenas algumas das queixas comuns relacionadas com a menopausa. Acontece que nesta fase da vida, além da transição para a menopausa surgem, muitas vezes, eventos sociais e emocionais com impacto na saúde psicológica da mulher, são disso exemplo problemas de relacionamento do casal, filhos a deixarem o lar, alterações de responsabilidade no emprego, doença ou morte de familiares. Muitas vezes, os sinais de tristeza ou baixa autoestima surgem relacionados com a perda de fertilidade e as alterações hormonais que ocorrem no corpo. Não confundir, porém, tristeza e alterações de humor com depressão major, uma condição que se caracteriza por uma combinação de sintomas de tristeza, perda do interesse ou do prazer, cansaço prolongado, irritabilidade, alterações do sono e do apetite, agitação e diminuição da líbido, que se prolongam por mais de duas semanas. Destaque-se também que as mulheres com antecedentes de depressão no passado têm maior risco de vir a desenvolver novo episódio depressivo após a menopausa.
Perda de memória
Alguns estudos sugerem que a transição para a menopausa e a pós-menopausa se associam a diminuição da memória verbal e dificuldades na concentração. É um sintoma bastante frequente, sendo que dois terços das mulheres na perimenopausa apresentam queixas de problemas com a memória (esquecimentos) ou dificuldades de concentração. A terapêutica hormonal de substituição não trata nem previne a perda de memória ou qualquer tipo de doença cognitiva (como é o caso da demência ou da doença de Alzheimer). Muitas vezes, as queixas relacionadas com a memória podem também estar relacionadas com a presença de sintomas depressivos ou com os distúrbios do sono, bastante frequentes durante a menopausa.
Dores de cabeça ou cefaleias
A prevalência das cefaleias diminui após a menopausa, no entanto as mulheres sob terapêutica hormonal de substituição podem voltar a referir este sintoma. A enxaqueca, uma dor de cabeça mais debilitante caracterizada por uma dor latejante de um dos lados da cabeça e sensibilidade à luz ou ao som, pode aliviar ou ser mais intensa na menopausa ou nos meses que a antecedem. O facto de existir diminuição de estrogénio e progesterona durante a transição para a menopausa pode levar a que as mulheres que habitualmente têm dores de cabeça relacionadas com o ciclo menstrual tenham também dores de cabeça (às vezes até mais graves) durante a perimenopausa.
Osteoporose
Esta é uma doença esquelética caracterizada pela diminuição da massa óssea e fragilidade esquelética. Como consequência da diminuição da resistência do osso o risco de fratura fica aumentado, sendo que quando ocorre fratura existe incapacidade funcional, dor, deformidade física e mesmo risco de vida. A diminuição do nível de estrogénio e a idade são dois fatores que contribuem largamente para o aparecimento de osteoporose. Após a menopausa há uma aceleração da perda de massa óssea, mais intensa nos primeiros 5 anos. Nas mulheres de 60 ou mais anos, cerca de 35% poderão sofrer fratura vertebral – a manifestação mais comum e das mais precoces – e 18% fratura da anca, a complicação mais grave e diretamente relacionada com densidade mineral óssea.
Incontinência urinária
À medida que a mulher envelhece os tecidos perdem elasticidade, sendo que os tecidos da vagina e da uretra não escapam a esta regra e registam progressivamente uma perda de elasticidade que se traduz, muitas vezes, no forte desejo e vontade de urinar, seguindo-se uma perda involuntária de urina (o que muitas vezes se denomina por incontinência de urgência). Por vezes ocorre também a chamada incontinência de stress, uma perda de urina que ocorre, por exemplo, quando se tosse com maior intensidade ou aquando de um esforço maior. Nesta fase da vida da mulher são também mais frequentes as infeções do trato urinário inferior. As infeções urinárias de repetição afetam cerca de 5 a 17% das mulheres pós-menopáusicas e a bacteriúria assintomática chega a estar presente em 20% das mulheres na menopausa. O fortalecimento dos músculos pélvicos, através da realização de exercícios de Kegel, pode aliviar os sintomas e ajudar a reduzir os episódios de incontinência. Beber água é essencial, mas deve-se evitar o consumo de alimentos e bebidas com maior teor de acidez como toranjas, laranjas, tomate, café e refrigerantes com cafeína, suscetíveis de causar irritação no revestimento da bexiga.
Quer tenha sintomas, quer não, a menopausa é uma certeza e se a sintomatologia for grave pode afetar substancialmente a sua qualidade de vida. A boa notícia é que pode sempre aconselhar-se com o médico sobre quais as melhores medidas para passar por esta fase da saúde feminina com calma e tranquilidade pois, por norma, é possível gerir os sintomas da menopausa de forma natural e apenas com alguns ajustes ao estilo de vida, essenciais para viver mais anos, mais saudável e feliz.
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